Na manhã desta terça-feira, 18 de novembro, o Colégio Couto Magalhães promoveu a roda de conversa “Entre passado e presente: consciência em construção”, em homenagem ao Dia da Consciência Negra. O encontro reuniu estudantes do 9º ano à 3ª série do Ensino Médio e integrou um projeto interdisciplinar das disciplinas de História da Arte e Inglês, com a colaboração de professores de outras áreas.
A atividade foi idealizada pela professora Melyssa Vilar e pelo professor Sérgio Borges, com organização dos professores José Neto Leite, Rafael Viegas e Ana Cláudia Brandão. O evento contou com apresentações culturais preparadas pelos próprios alunos, além de rodas de conversa.
As produções artísticas destacaram elementos da cultura afro-brasileira, reforçando o papel da expressão estética na construção da consciência histórica e identitária.
A roda de conversa se consolidou como um espaço de reflexão sobre identidade, cultura, resistência e trajetórias de vida, reunindo quatro convidados:
- Lízia Khênya – Doutoranda e mestre em Letras pela PUC Goiás, especialista em mídias educacionais e pesquisadora da literatura negro-feminina.
• Luziano Ponciano – Personal trainer, graduado pela UniEVANGÉLICA e especialista em treinamento para grupos especiais.
• Dr. Gabriel Fonseca – Advogado criminalista, especialista em diversas áreas do Direito Penal, com atuação em crimes econômicos e empresariais.
• Egino Silva – Empresário e especialista em culinária japonesa, certificado internacionalmente pela Nagoya Sushi School e fundador do Grupo Kenkyo.
A conversa abordou temas como literatura, justiça criminal, representatividade no esporte e atuação profissional de pessoas negras em espaços de destaque. Houve discussões sobre o papel da literatura negro-feminina na formação crítica, a valorização contínua de autores negros nas escolas, a presença de profissionais negros em áreas elitizadas como a alta gastronomia, os desafios e desigualdades do sistema penal e o esporte como ferramenta de transformação social.
A professora Melyssa destacou que o evento resultou de um projeto interdisciplinar amplo e colaborativo: “Levantamos vários pontos relacionados à consciência negra, e os convidados trouxeram reflexões do seu cotidiano. Foi um momento de troca real, pensado com muito cuidado pelos professores envolvidos.”
A roda de conversa foi além de uma ação isolada: tornou-se um momento de fortalecimento do compromisso do Colégio Couto Magalhães com uma educação inclusiva, humanizada e atenta às diferentes realidades. A iniciativa evidenciou que a Consciência Negra se constrói de forma permanente — no diálogo, na escuta ativa e na valorização das trajetórias que formam a identidade plural da sociedade brasileira.


