Início / Fique por Dentro / Paratleta do Colégio Couto Magalhães vence os Jogos Estudantis de Anápolis
O estudante do 9º ano do Ensino Fundamental II do Colégio Couto Magalhães de Anápolis, Neemias Ramos de Paula Viera, de 15 anos, venceu durante este final de semana mais uma competição. Disputou tênis de mesa e ficou em primeiro lugar nos Jogos Estudantis da cidade na categoria sub-15 e levou mais um troféu pra casa.
Desde que começou a praticar o esporte, em 2020, ele coleciona títulos. Chegou a ficar em segundo lugar no ranking nacional pela categoria paralímpica. “Desde o ano passado participamos de menos competições e por isso, caímos muito no ranking. Mas esse ano, queremos voltar a conquistar um lugar de destaque”, diz o pai de Neemias, o professor do Mestrado da UniEVANGÉLICA, Prof. Rodolfo de Paula Vieira.
Neemias também pratica basquete pelo colégio e tem uma definição do que o esporte representa na vida dele. “Para mim o esporte é uma diversão”, diz.
Os benefícios do esporte
“Eu comecei jogando basquete há cinco anos. Depois fui para o tênis de mesa e comecei a me interessar muito”, diz Neemias. O adolescente foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista – TEA quando tinha apenas três anos e meio. Desde então, a família sempre buscou inseri-lo em atividades que pudessem desenvolver habilidades apesar do transtorno.
O esporte entrou na vida de Neemias quando ele tinha apenas 11 anos. “Dos 11 aos 13 anos, o Neemias ficou envolvido com o basquete. Depois, com a pandemia, eu o levei para praticar o tênis de mesa. E ele teve muita perseverança porque foi só depois de um tempo que a ‘chave virou’ e ele começou a se desenvolver”, conta o Prof. Rodolfo.
O Prof. Rodolfo conta que com o tênis de mesa, Neemias desenvolveu muito o foco, a concentração, a coordenação motora e os movimentos. “Os períodos de treino e até as partidas são muito longas e, por isso, é preciso ficar muito tempo concentrado”, explica.
Neemias concorda. “Eu consigo me concentrar mais e quando eu jogo eu fico muito feliz. No começo me sinto nervoso, mas depois fico tranquilo”, diz.
Outro benefício destacado pelo pai de Neemias é o senso de responsabilidade. “Uma das formas de desenvolver esse senso de responsabilidade é no esporte. No caso do Neemias, começou como uma diversão, mas agora ficou sério. E a responsabilidade se aplica na vida familiar e escolar”, relata o Prof. Rodolfo.
O esporte também ajudou Neemias a se socializar. “O próprio autismo já tem um caráter de isolamento. Mas com o esporte, ele conseguiu se socializar”, explica o Prof. Rodolfo.
“No basquete, já fizemos viagens para fora de Anápolis e o Neemias sempre se socializou muito bem com todos os outros atletas”, completou o coordenador de Esportes do Colégio Couto Magalhães, Prof. Azemar Torres Júnior.
Projetos para o futuro
Desde o ano passado, devido ao desenvolvimento técnico do atleta, ele vem sendo convocado para várias competições. Neemias participa de um programa especial da Confederação Brasileira chamado Diamantes do Futuro, que prepara atletas - crianças e adolescentes - que são destaque e que tem potencial para disputar seleção brasileira, mundial e até olimpíadas.
Hoje, ele disputa a classe 11 (para deficientes intelectuais) e também na categoria olímpica e paralímpica. “Depois de dois anos e meio competindo com tudo oficial, ele precisa passar por uma série de avaliações específicas porque hoje ele já está com nível técnico para participar de campeonatos internacionais”, acrescenta o Prof. Rodolfo.
O pai de Neemias também destaca que esse ano, o adolescente irá participar de várias competições, o que deve garantir novamente um lugar de destaque no ranking brasileiro. “Eu tenho muito orgulho dele. Não imaginava que ele iria chegar nesse nível, mas ele tem meu total apoio em tudo”, conclui o Prof. Rodolfo de Paula Vieira.
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